sexta-feira, 7 de maio de 2010



Como foi construída a noção de “negro” (e “branco”) na sociedade brasileira? Qual a história desta construção desde os tempos de formação da sociedade colonial brasileira, e como seus posteriores desdobramentos prosseguiram tecendo a nossa história contemporânea? Que processos instituidores de desigualdades acompanharam a construção social destas diferenças, a começar pela introdução da escravidão de africanos no Brasil? Que formas de resistência e luta – e no interior de que práticas e discursos – surgiram desta história e para se contrapor a esta mesma história? Como se comporta a imensa variedade cultural e corporal do povo brasileiro nos quadros deste modo de perceber o mundo humano e contra o pano de fundo desta dicotomia estabelecida e imposta historicamente? O que ainda pode ser dito em termos de “raça negra”, sem que se cometa um anacronismo científico ao nível das mais recentes descobertas da antropologia e da bio-genética, e sem que, ao mesmo tempo, se veja afrontado um conceito sociologicamente bem estabelecido ao nível de processos formadores de identidade, tão caros a diversos dos movimentos sociais que têm tido um papel importante e relevante em sua luta contra desigualdades bem reais?

O presente livro constitui o terceiro ensaio da série Ensaios sobre a Desigualdade Humana. O volume apresenta como proposta central a de discutir como, a partir dos fundamentos do sistema colonial e da escravidão africana no Brasil, foi socialmente construída a idéia de uma raça negra por oposição à idéia de uma raça branca, ao mesmo tempo em que iam sendo desconstruídas no Brasil as antigas diferenças étnicas e tribais que existiam no continente africano. Deste modo, procura-se mostrar como a Construção Social da Cor, aqui entendida como esta complexa história da percepção social de diferenças relacionadas à cor da pele, foi utilizada a princípio como elemento fundamental no interior de um cruel sistema de domínio sobre toda uma parcela da humanidade. E como, em contrapartida, a mesma construção começou a ser incorporada aos mecanismos formadores de identidade, de modo a encaminhar a resistência contra as desigualdades sociais, já no período inaugurado pela Abolição da Escravatura.

7 comentários:

  1. Mestre, pode encaminhar alguns capítulos do livro "A construção social da cor" pro meu email? Estou elaborando monografia. Grato, Joseph jrodrigues190@hotmail.com

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  2. GOSTARIA DE RECEBER ALGUNS CAPITULOS ACHEI INTERESSANTE MARTA martaribeiro_am@hotmail.com
    Cascavel Paraná

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  3. Olá...tmb gostaria muito que mandasse para o meu e-mail... desde já, grato d.c.r@hotmail.com

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  4. Que maravilha descobrir este livro que me parace ser muito curioso, justamente no mes da consciencia negra.

    Abraço,
    George M. Tavares

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  5. Seria maravilhoso receber alguns capítulos desse livro.será de gd valia para mim !
    Desde já agradeço
    dinha_tb@hotmail.com

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  6. Parabéns p blog e gostaria muito de receber alguns capítulos desse livro. faparacuru@hotmail.com
    Grata,
    Fábia Magalhães

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  7. Esse tema me interessa de forma extremamente significativa. Gostaria também professor de receber alguns capítulos. Meu emai: psscobserva@yahoo.com.br
    Muito agradecido!!!!
    Paulo.

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